quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Minhas sinestesias




Cheiro colorido, vejo em seu sabor...Sinto o perfume das manhãs, parece que sinto um novo amor...?


Longas estradas marcadas com curvas turvas ao entardecer, passáros procurando seus ninhos, vento retirando o momento do calor e a lua lá no céu já brotando, esperando o sol se esconder para sua luz aparecer. Ouço músicas, não sei qual é a banda ou qual é o compositor, mas eu a sinto. Recebo o oxigênio a adentrar pelas minhas narinas e atingir meus pulmões como ondas na ressaca do mar, abro os meus olhos vagarosamente, sentindo agora não mais os raios do sol a tocar as minhas pupilas, agora sinto o cheiro da noite a me acariciar. Que faço eu? O que devo eu fazer? Perguntava uma interrogação da minha mente naquele momento único que vivia meus sentidos. Feche os olhos. Consiga sentir comigo o que estou eu a sentir, eu te peço. Chão frio onde meu corpo repousa, enquanto os meus pensamentos vagueam em busca do amor. Imagino eu, imagino você, imagino a primeira pessoa do plural envolta a essa realidade. Abro olhos vejo a lua, e um mar escuro infinito de pingos brilhantes que parecem piscar para mim. Ouço o som dos passos, mas não é ninguém. Meus olhos fecham, para ver um outro mar escuro, em que as ações acontecem com o meu veredito, e nele sempre vejo o seu cheiro, sinto o seu olhar e escuto o seu sorriso. Quem serás tu que acordastes em meus pensamentos e nunca mais dele saistes? Como chegastes aqui? Queria ter a oportunidade de perguntar. Nosso diálogo é sem palavras, pois nunca sentir o sabor da sua voz. Movo-me em mais uma dessas curvas, onde enxergo um telhado a me proteger e não mais o céu, e com essa proteção material você some sem me dizer adeus, parece que só pode está presente em meus pensamentos quando o brilho das estrelas guiadas pela luz da lua podem me tocar. Parece que amanhã não terá lua, não poderei te ver, mas continuarei aqui a espera de sentir seus passos, cheirar o seu olhar e ouvir o seu sorriso.
Cheiro de amor no ar...Sinistesias minhas a cantar!

sábado, 25 de setembro de 2010

Muito íntimo...

"In the arms of the angel. Fly away from here" (Angel, Sarah McLachlan)





   Moro em um ambiente fechado, sem porta, sem janelas, sem saída. Em meio a escuridão e a luz diária. São poucos os sons que eu detenho, com exceção de um que segue o mesmo ritmo, que dificilmente acelera ou diminui o compasso, que nesses últimos dias parece está cansado de bater, e eu temo pela possibilidade de não ouvi-lo mais, pois tenho medo do escuro e essa luz forte também dói muito, e eu tento me manter calma, me manter viva através desse som que escuto, as vezes, em pleno devaneio, pois desconheço a realidade, chego a pensar que é ele que me dar vida, que ele é o motor de uma talvez máquina. Quando durmo ele mantem a melodia, quando acordo o escuto novamente, também acho que dormindo eu escuto, que esse som é que me embala todas as noites em insônias e sonos de descanso. E se ele parar de bater o que eu que faço? Deus, o que será de mim? Como posso ajudá-lo para que ele não me abandone? Eu poderia bater com ele, por ele, para ele e por mim. No entanto, algo muito íntimo diz que eu não posso bater, porque é ele que bate por mim. Oh!...e como eu necessito dele, como ele é meu e me dar vida, meu Deus! Agora estou o ouvindo, ele continua batendo no mesmo compasso, ouço a melodia, mas, como sofro em pensar que um dia ele parará, e sofro por puro egoísmo talvez, pois o fim da última nota embalada por ele, representará o último fio de oxigênio em meus pulmões, e não direi Adeus, não haverá despedidas, terá somente a falta de um som único no mundo, talvez outros nem sintam a ausência dessa melodia, afinal são mais de 80 milhões de sons como esse, e somente um parará, sumirá. Ouço ainda ele bater...


"Oh and weightless and maybe. I'll find some peace tonight" (Angel, Sarah McLachlan)

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Árduo ofício



Aperto no peito, garganta seca e lágrimas jorrando...
Chuva de pensamentos e imagens na mente...
Silêncio a gritar. Nasce um novo texto...

[..]

P.S. Mãe, reze todas as noites antes de dormir para que um dia meu ofício não seja escrever, pois se dele eu depender terei que sofrer arduamente, é que na dor eu consigo juntar palavras e dar algum sentido.

[...]


Tic tac. Tic tac. Priiiiii
Acorda!
Tempo passou, tempo passa e o tempo passará. Desculpe-me, mas nada mudou, você continua parado, enquanto um certo ponteiro trabalha diariamente contando cada segundo que passa no intuito de demarcar a sua vida, e assim declarar o seu fim. Macabro isso?? Talvez! Mas é certo que nascemos com a certeza de morrer, no entanto, nos preocupamos com a morte e não vivemos.
As oportunidades são perdidas, jogadas foras sem termos em mente o seu processo de reciclagem. Se você errou e jogou seu erro fora, diretamente na lata do lixo (esquecimento) e não o reciclou, nada adiantou você errar, pois nenhuma lição foi retirada disso. Você eliminou da sua vida o que não te interessava, porém esqueceu que marcas são cicratizes não retiradas e que permanecem demarcando algo que deverá ser lembrado.
Quantas cicatrizes tens nos joelhos??
Quantos risos e lágrimas elas te lembram das travessuras de criança inocente e inquieta??
Quantas bolas você perdeu por cair no lado do muro do vizinho??
Quantas bonecas você deixou careca com suas experiências de cabelereira e maquiadora farsante??
Conte nos dedos da mão direita quantas lições você tem arraizada em sua mente durante toda a sua vida vivida e não somente marcada pelo tempo. Espero que elas tem atingido no minímo o polegar (sinceramente eu espero).
Aconselho...
Não espere sua vida passar no ponto de ônibus e você ir com ela a algum lugar, vá a pé se necessário, mas levando a sua vida contigo, nem que seja na mochila das costas.
Não olhe para o relógio para ver se está na hora de ir para casa, se livrar da escola ou do trabalho, vá aproveitar os minutos que você tem para viver, sem rezar para que os ponteiros se adiantem e o dia passe logo, pois os relógios são máquinas mecânicas que continuam a funcionar mesmo que a vida do seu dono pare e inexista de fato.
Não sente na frente de um PC, se conecte no MSN, Twitter, Orkut ou qualquer outra rede social, acreditando que elas suprirão a necessidade de companhia, de um aconchego amigo, e de um cafuné nos cabelos, vá até a casa daquele que considera um amigo, entre na casa sem bater, sente no sofá ao lado dele e diga, não é nada, vim só te fazer companhia, pois assim será você o resgatado naquele dia e não o herói da história..
Não durma 12 horas diárias e calcule o restante de horas que ainda tem para ocupar no dia de hoje, vá dormir e tenha bons sonhos, no entanto, acorde cedo, a vida acompanha a banda que passa as 5hs da manhã, e é bom que você esteja acordado para aproveitá-la, afinal, a vida é sua.
Não observe as marcas de vida formando ondas em seu rosto, a claridade dos fios que servem de manto protetor ao seu corpo e muito menos conte os fios de cabelo que perde, vá pentear os cabelos que restam, prestigiar a brancura que surge entre os fios negros e olhe os teus olhos e não rugas do rosto, pois os olhos não são demarcados pelo tempo, eles permanecem intactos a beleza da criança que chorara após sair do ventre da mãe. 
Não se entristeça com eras que afloram no jardim do deserto da vida, vá ao encontro do oásis daqueles que vivem o presente recebido a cada nascer e pôr do sol.
Viva a vida! E que esta seja vivida intensamente por um vivente e não sobrevivente do tempo, pois amanhã não existe para aqueles que não vivem o presente.
Tic tac. Tic tac.Priiiiii
Dormir!
Já está tarde e amanhã tenho uma vida inteira para viver.
Bons sonhos!!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

E Mesmo quando a visão se turva, e o coraçao só chora, mas na alma há certeza da vitória - Pe Fábio de Melo




 
Há pessoas que nos roubam...
Há pessoas que nos devolvem...!(Pe Fábio de Melo)
 






 
"Durante muito tempo eu fiquei preocupado com o que os outros achavam ao meu respeito. Mas hoje, o que os outros acham de mim muito pouco me importa (a não ser que sejam pessoas que me amam), porque a minha salvação não depende do que os outros acham de mim, mas do que Deus sabe ao meu respeito". (Pe Fábio de Melo) 
 
 
'...e faço das afrontas um ponto de recomeço,
é neste equilíbrio que vou revelando o que sou
e o que ainda devo ser'

[Pe. Fábio de Melo]
 
 
 
 
"A vida requer cuidado. Os amores tambem. Flores e espinhos são belezas que se dão juntas. Não queira uma só, elas não sabem viver sozinhas...
Quem quizer levar a rosa para sua vida, terá de saber que com elas vão inumeros espinhos. Não se preocupe a beleza da rosa vale o incômodo dos espinhos..." (pe. Fábio de Melo)



 "Sofrer com você é o máximo que posso fazer, e é o mínimo que você precisa." (Pe Fábio de Melo)


"A vida ainda não terminou. E já dizia o poeta "que os sonhos não envelhecem..." (Pe. Fábio de Melo)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Caio Fernando Abreu

Meus recortes - by: Gerlania Medeiros


"Um amigo me chamou
para cuidar da dor dele.
Guardei a minha no bolso.
E fui". (Caio Fernando Abreu)






"Escrever – e você sabe disso – pode eliminar essa sensação de gratuidade no existir, de coisas o tempo todo fugindo e se transformando em passado. Eu acho então que se escrever te dá um sentido para estar viva (ou a ilusão de um sentido, que importa?), então vai e escreve e diz tudo e rasga o coração, as vísceras, expõe tudo, grita, esperneia – no papel.". (Caio Fernando Abreu)


"Hoje pensei sério: se me perguntassem o que mais desejo na vida, não saberia responder. Quero tudo. Mas esse “tudo” é tão grande, tão vago, que me sinto estonteado. É preciso ir limitando meu sonho, apagando as linhas supérfluas, corrigindo as arestas, até restar somente o centro, o âmago, a essência. Mas qual será esse centro, meu Deus, que não encontro?” (Caio Fernando Abreu in Limite Branco)

“Te desejo uma fé enorme. Em qualquer coisa, não importa o quê, como aquela fé que a gente teve um dia, me deseja também uma coisa bem bonita, uma coisa qualquer maravilhosa, que me faça acreditar em tudo de novo, que nos faça acreditar em tudo outra vez”. (Caio Fernando Abreu)

“Não sou mulher de arrependimentos, de olhar pra trás, essas coisas.

A gente tem que mirar no alvo e atirar, pronto, foi.
A flecha não volta.
Se acertamos ou erramos, não tem volta.
Foi assim que levei a vida sempre”. (Caio Fernando Abreu)

“Estive doente. Doente dos olhos, doente da boca, dos nervos até. Dos olhos que viram homens formosos, da boca que disse poemas em brasa, dos nervos manchados de fumo e café. Estive doente. Estou em repouso, não posso escrever. Eu quero um punhado de estrelas maduras. Eu quero a doçura do verbo viver.” (Caio Fernando Abreu)



P.S. Espero que quando os seus olhos se deitarem nesses textos, sua alma sinta o clamor de um "eu" que grita dentro de ti, apesar de estar adormecido. Que a beleza do sensível abrande o soluço do sofrimento, enxugue as lágrimas que percorrem as maças que quero rosadas e sorridentes. Talvez Caio Fernando Abreu fale por você aquilo que ele proclama por mim. Aproveitem! By: Gerlania Medeiros

terça-feira, 1 de junho de 2010

Inspiração

Durante todo esse mês de junho postarei no meu blog textos de autores conhecidos ou não que de certa forma falam por mim. Textos esses em que eu me encontro, que parece que o autor fez pensando realmente como eu me sinto. Espero, sinceramente, que vocês sintam a mesma emoção e leveza ao ler esses textos como eu sinto.
E para abrir com chave de ouro, nada melhor do que um texto de uma autora que eu "sinto", de alguém que fala por mim e de mim. Minha paixão literária, Clarice Lispector.



Inspirações - by: Gerlania Medeiros

...
"- Ela é assim! Pronto.
- Mas assim como? Explica!
- Ela é assim um mix de tudo que se possa imaginar dentro de uma grande capacidade de apenas não ser nada em definitivo. Ela é aquilo que não consegue se encaixar em moldes pré-existentes, parece que ninguém nunca foi antes dela. Ela se incomoda com isso, às vezes, muito. Ela é cheia de sentimentos, parece que suas experiências se manifestam é no dorso do seu colo, e quase sempre, de vez em quando, tudo isso pesa. Mas não tem modo, não existe maneira que a faça ser diferente. E ainda, graças a Deus, ela é diferente. Algo que pesa e que tem o dom da leveza, algo que chora e que se manifesta em sorrisos, algo de forte, mas que se desmancha quando encontra a água."
(Clarice Lispector)
 ...


"Mas nem sempre é necessário tornar-se forte. Temos que respirar nossas fraquezas." (Clarice Lispector) 

...
"Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo – quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação." (Clarice Lispector)

...

"Sabe o que quero de verdade? Jamais perder a sensibilidade, mesmo que às vezes ela arranhe um pouco a alma. Porque sem ela, não poderia mais sentir a mim mesma." (Clarice Lispector)

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Xeque-mate

Nunca aprendi a jogar xadrez!




[...]

Pensamentos seguem o rumo de uma estratégia de mestre, na esperança de encontrar uma maneira de rever as peças que estão no tabuleiro, e saber movê-las sem assassinar a rainha. Como a vida é irônica, justo eu que jamais coloquei um vestido de princesa, me encantei por coroas, reinos e princípes, me encontro hoje num jogo aonde estou a ser representada pela rainha. Qual o poder e dever dela? Não sei! Só sei que a cada movimento por mais milimétrico que seja, sinto que estou perdendo, sinto que não faço mais parte da jogada. 
Me deem peças, me mostrem o tabuleiro, no entanto, ninguém está aqui ao meu lado me ensinando como jogar e não sair perdendo. É fácil discutir sobre um jogo, em que você é o reverenciado, que você conhece e sabe que vencerá. Difícil é você aceitar o desafio, chegar sem nada saber e sair mais "perdida" do que se encontrava antes.
Por que o rei não protege a rainha? Não seria essa função dele?
Parece que não!


[...]

Xeque-mate!
Está tudo preto e branco. Antes escuro, agora claro. Ontem indeciso hoje consciente. Era uma vez... e assim o verbo mudou de conjugação, perdendo o seu ideal de futuro e nem mais existente no presente. Guardem as peças do jogo. Recolham o tabuleiro. E o jogo será esquecido, pois aí está o encantamento do xadrez, ele pode ser jogado em qualquer lugar, basta ter jogadores, peças e tabuleiros. Nada resta além das lembranças de uma boa jogada, isso quando ela foi uma boa jogada. É um esporte para os fortes, habéis, e capazes. É um suicídio para estreantes, sensíveis e sinceros.


Rastros na areia da estrada. Estraçalhos de um vaso quebrado, antes colado, agora em novos formatos entre cola e partes. Silêncio! O personagem-narrador se cala enquanto um novo conto ganha uma nova página.


P.S. "A sinceridade sempre dói, mas nunca magoa" (M. C.) 

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Quem nunca disse que nunca ia dizer nunca?


Eu, no meu ímpeto jeito de ser humana, me vir hoje com a necessidade de colocar em dia esse blog, que é mais que uma página virtual onde posto meus pensamentos e devaneios, mas aquele local aonde expresso o meu lado mais calado de ser que grita no intuito das palavras serem o suficientes para que alguém compreenda o que estou a sentir.
Loucura?
Talvez!

Prefiro pensar em devaneios, pois quem nunca se sentiu cheio de uma vida (da sua vida) a ponto de querer explodir?
Quem nunca se olhou seriamente no espelho e perguntou quem realmente era?
Quem nunca chorou sem motivos, riu sem vontade ou calou-se enquanto seus pensamentos exigiam uma reação humana de fala?
Quem nunca duvidou do amor ou até mesmo se questionou sobre o que realmente é o amor?
Quem nunca disse que nunca ia dizer nunca?

Talvez seja esse a razão dos nosso questionamentos, o NUNCA. O nunca não existe (desculpe a decepção por essa revelação!). Não existe porque sempre o transgredimos, sempre utilizamos a palavra nunca numa oração em que prometemos o que não podemos cumprir. 
Tal palavra aparentemente vaga nada mais é que o sentido de sermos humanos, de sermos incompletos, de sermos insaciáveis, pois eis algo que não alcançamos, o nunca.
E o porquê de eu está cá a falar disso?
Não sei!
Creio que NUNCA sei as razões pelas quais sempre falo/escrevo, sinto como um escape, mas de quê e porque eu não sei. 
Me vejo diante desse texto como uma colcha de retalhos em que cada parte que me compõe seja um questionamento, e olho para essa colcha e a vejo incompleta, não por falta de tecido, não por falta de uma linha que amarre cada pedaço aos outros, mas sinto por não entender quem cobrir com esse meu eu questionável, pois não sei quem poderia colocar por cima de cada pedaço de retalho/questão, um tecido transparente, elegante e suave capaz de responder as questões costuradas num formato em que meu corpo parece desconforme a colcha feita.

Quem NUNCA  se sentiu perdida, por favor, peço que me mostre o caminho a seguir...


P.S. Há quem diga que só Freud explica, eu diria que nesse momento só Clarice Lispector me entenderia. Boa tarde!

terça-feira, 20 de abril de 2010

Cansada!

Encontro-me extremamente cansada. Não sinto somente um cansaço fisíco ou de um dia estressante, minha alma é quem grita de maneira a tremer meus tímpanos pedindo descanso, o meu conceito de amizade se diz horrorizado com o que roubaram de mim.
 Estou exausta desse mundo em que minha função para alguns é por instantes ou quando necessário, e quando não sou tão útil sou esquecida, em qualquer espaço vago que possa abrigar uma criatura tão pequena, logo porque é preciso saber onde estou, afinal como irão me encontrar quando mais uma vez precisarem de mim.
Sinto-me como uma lajedo em uma praia frenquentada por vós ainda criança, aquele local inerte que não importa quando retornarás sempre terás contigo a certeza que o encontrará lá, no mesmo local esperando por você, para que você se encoste nele e assim possa narrar todas as mesmices de um humano que vivi a reclamar da vida que tem.
Há uma diferença entre mim e o lajedo, ele só ouve e eu sou "obrigada" a sempre falar, pois é essa sua intenção ao me procurar, ouvir o que eu estou a pensar (na realidade, ouvir o que você mesma disse só que com minhas palavras para soar como algo correto a ser feito, brincamos de telefone sem fio).
O lajedo tem mais sorte do que eu, as ondas desse mar que veio a minha mente e eu o criei nessas linhas que se descorrem em sua tela, não mais como um mar, mas como uma cachoeira, recebe a carícia da maré alta em noites de frio e solidão, recebe o calor forte e o brilho intenso da estrela maior em dias ensolarados (eu nada recebo).
O lajedo não se cansará assim como estou, pois ele não se move, não tem que fingir algo que não sente, a função dele é somente lá estar, posto na areia branca que vai e vem de acordo com o vento, já eu não estou posta em uma areia que pode ser levada com o vento, sinto minhas raízes "enraizadas" (redundante eu sei!) no solo duro e pouco fértil.
Talvez aqueles que blasfemam por aí uma amizade existente, sejam apenas lobos fantasiados de bons samaritanos que estão próximos a mim declamando o poder do amor e da amizade eterna, talvez meus ouvidos cansaram de ser orelhão e só receber chamadas e fazer chamadas sem ter a oportunidade de se pronunciar, só ouvir e repassar. 
Depois que você conhece uma amizade verdadeira é difícil ser enganada por falsos atores em cenas de amor fraterno e alma gêmea da amizade.
Estou cansada!
Exausta eu diria...
Escutar repetidas vezes a mesma história, sempre oferecer meu ombro amigo, passar a toalha de papel pela região por onde tende a escorrer um rio de lágrimas, ser cômica para te arrancar um sorriso, dizer que pode contar comigo e você só fazer isso quando realmente está em apuros. Na hora da comemoração, sou esquecida naquele espaço que possa guardar essa pequena criatura, afinal as glórias da sua vida eu não faço parte, mas das tristezas e momentos de solidão eu sou teu refúgio.
Jogo a toalha molhada, não me preocuparei mas se ela irá secar ou não, nem me importarei se ela mofar algo, estou cansada de te recompor. Não quero mais ouvir os gritos de protesto dentro de mim por ser tão boa para ti.
Vou descansar!
Caso eu volte de férias você descobrirá. No entanto, não se surpreenda caso o lajedo não esteja mais onde você sempre o encontrava, não prometo que ele voltará.   =/

Boa noite! *


P.S. É preciso falar e ouvir, porém o mais importante é se reconhecer no outro. A AMIZADE é uma palavra tão forte e séria que deveria exigir de muitos uma formação básica antes sequer de pronunciá-la.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Quanto vale um sonho?


          Vivemos a nossa vida construindo um castelo de areia, na esperança que ele jamais vai desmoronar, no intuito de embelezar não somente os nossos olhos mas os de todos que estão em nossa volta, na certeza que seremos as princesas e princípes do castelo construído.
          A questão é que nunca contamos com o tempo, não lembramos que existe um fator chamado vento que quase sempre leva a areia consigo em um soco de velocidade, e no lugar do castelo construído nos restam apenas a lembrança deste e os restos do espaço que antes armazenava todos os nossos sonhos.
          Passamos um bom período da nossa existência construindo o castelo e depois armazenando os nossos sonhos nele, e quando o vento passa por nós aliviando o calor e trazendo consigo a destruição, pois nem tudo que é belo não traz más companhias, é que percebemos que a construção que armazenava os nosso sonhos que antes pensavámos ser sólida, era simplesmente uma ilusão, pois tudo que resta é a poeira que ainda leva a areia antes firme aos nossos olhos.
          Sabe, não moro no litoral, não tenho a presença da areia do mar ao lado de casa (a areia existente é ineficácia do sistema de saneamento e limpeza urbana), na realidade não faço parte de um conto de fadas (eles existem?), e aos sonhos prefiro os chamá-los de objetivos, pois quando os não conquisto a dor parecer ser menor quando penso que era um objetivo e não um sonho (mentira! tenho sonhos!). Não sou princesa, não quero um princípe e não construo castelos seja-os de areia ou concreto. Sou o avesso do inverso!
            Quanto vale um sonho? Não sei! Ou talvez eu saiba, um sonho vale o período de vida que cada um tem. Cada sonho realizado você contrói mais um a ser e ter, parece que somos insaciáveis, sempre estamos em busca de algo, sempre estamos a sonhar na esperança de um dia nos sentirmos completos. O problema é que esquecemos que não há completude.
             Devemos parar de sonhar? Jamais! É como pedir ao homem que deixe de se alimentar ou saciar a sua sede, o sonho é o alimento da alma, é a vitamina da esperança e o suprimento do futuro.

 - Se eu posso fazer um pedido, não me leve os sonhos! Pegue minha carteira, conte as moedas e leve consigo. Destrua os móveis. Me roube a vida, mas que deixe os sonhos, pois enquanto os sonhos vivem em mim, eu vivo pelos meus sonhos! O valor dos meus sonhos correspondem os minutos de vida calculados com a multiplicação da esperança que reina em mim.

Boa noite! <3

domingo, 11 de abril de 2010

Aluga-se um coração!



Aluga-se um coração!

Anuncio que aqui reside um coração que está pronto para ser alugado, um coração que já foi maltratado, mas que agora foi reformado. Ele teve suas estruturas abaladas, sua base estremecida, suas portas trancadas, janelas travadas e pintura danificada. Um coração que após as tempestades encontrava-se cheio de goteiras, que seu piso era composto por uma água salgada que saiu de uma área lacrimosa. Troquei a madeira do telhado, agora não há mais goteiras. Preenchi as partes vagas da sua base e hoje encontra-se mais confiáveis. Reformei suas estruturas, abri as suas portas e destravei as janelas por onde agora adentra a luz do sol que ilumina aquele espaço antes sombrio. A pintura ganhou novas cores, e assim ganhou uma nova vida. As instalações elétricas e de segurança foram renovadas e hoje possuem um novo código de acesso, agora está restrito para aqueles que EU considero dignos de habitarem esse novo lar. Uma residência reformada é como uma nova casa, pois a sua antiga estrutura com o tempo será esquecida, e os elogios que recebe sempre vêm através da beleza que encanta os olhos daqueles que a veem atualmente. A habitação consta com decoração moderna e objetos de última geração, porém não se engane, pois o relógio ainda é um velho tic tac posto firme na sala de jantar, aonde o tempo é marcado da mesma maneira em que era nos tempos medievais. A música que se ouve nessa morada também pode te surpreender, ela sai de uma herança do meu avô, um velho rádio escondido no final do balcão da cozinha em que embala cada atividade praticada por mim durante o dia.  E o meu lugar preferido é a cômoda preguiçosa que estar posta na varanda antes da porta que autoriza a sua entrada nesse lar. Nela eu vigio aqueles que passam em frente dessa residência, aqueles que olham, admiram e simplesmente passam. Aqueles que batem a porta por curiosidade, no entanto suas intenções são tão superficiais que não chegam nem a ver a minha presença ao lado da porta. Aqueles que horas e outras me visitam, entram na minha moradia e em seguida saem, não sei se é porque não gostam do lugar ou é porque eu ainda não aprendi realmente como tratar um novo morador. Fico na varanda a pastorar também, porque lá dentro já existem moradores fixos, que há tempos lá vivem, antes mesmos da reforma, e foi por causa deles que eu pude reformar esse lugar, apesar das danificações sofridas eles conseguiram manter o alicerce intacto, retiraram fielmente as águas lacrimosas, remendaram o quanto puderam as paredes rachadas e sempre que tinham tempo de um jeito carinhoso de ser conseguiam me mostrar que as portas desse lar poderiam voltar a se abrir. Por isso, caso você tenha se interessado por essa nova morada, lembre-se que lá não estará só, e que principalmente, terá que respeitar os moradores que lá já vivem, pois esses há tempos zelam por esse lugar. Eles fazem festas quando um morador bom surge, mas também declaram guerra para alguns caso tentem danificar os concertos realizados. Não se preocupe com o aluguel! Não se preocupe com as regras lá posta! Preocupe-se com a sua bagagem, pois é ela o seu passaporte para adentrar nesse lugar, ela será o seu curriculum para ser aceito ou despedido. Uma vez interessado nesse coração, apresente suas credenciais e seu curriculum. Uma vez alugado esse coração, peço encarecidamente que reconsiderem esse anuncio.
- Informo ainda, que caso você, assim com eu, tenha uma coração/morada a ser reformado, indico uma equipe capaz de deixá-lo como era antes de ser danificado. Contratem o tempo como pedreiro, o amor próprio como servente, pois eles como niguém sabem preparar a massa necessária para reconstruir um lugar. Convidem a esperança para cuidar de suas portas e janelas, pois além de destravarem, ela troca as fechaduras e as deixam como verdes ingressos que se complementam com um céu azul vida. Para cuidar do seu telhado é bom chamar a confiança, pois tem um poder incrível de se aventurar a qualquer altura sem temer uma queda ou um erro improvável. A pintura do meu lar foi feita pela alegria, ela trabalha como nunca vi igual, numa felicidade contagiante transmitida através das cores do seu trabalho. Com essa equipe garanto-lhe caro amigo leitor que muitos corações aparecerão para ser alugados, pois as reformas serão feitas e os objetivos alcançados.

Sem mais nada a dizer, avisar, aconselhar ou anunciar, vos lembro "aluga-se um coração!"

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Eu preciso me perder do mundo para me encontrar em mim

Solidão...

Muitas pessoas entendem a solidão como o estágio de está só, isolada e desamparada por uma companhia alheia, mas você já parou pensar que as vezes é  necessário a solidão para você se encontra consigo    mesmo? Não existe solidão, isso mesmo, não existe, o que há é um encontro somente entre você e você. Então, por favor, pare de reclamar da vida, pare de falar que não há ninguém por você e que a sua vida é uma eterna solidão, pois o que você não quer admitir é que você se conhece tão pouco que tem a necessidade constante de si encontrar.

Hoje é o grande encontro, vista sua melhor roupa, coloque seu melhor perfume e mostre o seu melhor e mais sincero sorriso, com quem você irá se encontrar? Com você! Olhe dentro dos seus olhos e busque entender o que ele lhes falam, entendeu? Creio que não! Pois você está a olhar com desconfiança, não crê que quem está à sua frente seja você mesmo. Talvez seja preciso você ficar só dos outros para poder reconhecer você e deixar de se encontrar de acordo com o que os outros te intitulam. Seja você mesma independente da situação ou com quem esteja, não se envergonhe do que você é, pois sem você mesma por perto aí sim você ficará só.

Então busco e quero...

Busco por mim. E quero...
Quero o aconchego do meu próprio colo. Quero poder fazer meu próprio cafuné e contar-me aquelas piadas que sempre somente eu rio. Quero pode rir do barulho do meu sorriso bobo. Quero brincar do jogo da memória comigo mesma. Quero olhar nos olhos castanho claro e me reconhecer neles. Quero solidão, se dela dependo para me encontrar.

Eu preciso me perder do mundo para me encontrar em mim. Está acompanhada nem sempre significa não está só, e solidão nem sempre é está só. Pense nisso! Boa noite!    

                                                                            
P.S. Sem saber a razão de tudo isso, sinto como tivesse ficado sem inspiração para escrever. Se eu pudesse perguntar a Clarice Lispector ou a Mário Quintana perguntaria se eles se sentiam tão inúteis quando não escreviam. =(

terça-feira, 30 de março de 2010

Ele morreu por mim...

Quantas vezes nos nossos momentos egoístas reclamamos da vida e do mundo? Quantas vezes abrimos a nossa boca e deixamos sair dela o som das palavras que dizem que não existe ninguém por nós? Quantas vezes anunciamos que estamos sós, e que não há nem se quer um ser por nós? Quantas vezes fazemos da nossa vida uma coisa qualquer, esquecendo que alguém deu a sua própria vida para que nós pudessemos ter a nossa?

...Gratidão!
- Você já agradeceu a Deus por tudo que ele tem feito na sua vida? Aliás, por ter te dado a vida?
Como somos mesquinhos, não paramos de falar e falar sobre os nossos problemas, sobre os nossos objetivos não alcançados e por várias outras situações que diante de tudo que ganhamos parece ser tão pouco, e tão pequeno. No entanto, na hora de agradecer por tudo o que conseguimos, esquecemos de dizer simplesmente um obrigada. É mais fácil rezar quando temos algo a pedir, do que rezar para agradecer por algo que conquistamos.

...Fé!
- Estamos na semana santa, período em que celebramos a morte daquele que nos deu a vida, que deu a sua vida para nos salvar, entretanto, parece que nada mais é do que o feriado prolongado. Necessitamos de fé. Certo dia me perguntaram o que era fé, mas não somente fé em Deus, mas na religião a qual faço parte, e lembro que respondi, que a fé é como uma chama acesa mantida em nosso peito, tem dias que ela inflama e em outros parece está adormecida. Inexplicável dizer o que eu sinto pelo senhor Deus, eu só sei que em muitos momentos me sinto tão próximo a Ele e em outros peço proteção para que Ele jamais me deixe perder a minha fé. Quando criança tinha uma curiosidade de saber o que as pessoas rezavam após comungar, e continuo sem saber o que elas dizem. Só sei que eu converso com Deus, tenho Ele como aquele meu amigo que eu poderia sentar ao lado dele e passar horas e horas conversando e não me faltaria assuntos, mas sempre antes de concluir meu diálogo com ele (pois ele me responde em nossas conversas), eu peço para que ele aumente a minha fé. Deve ser por isso, que apesar de todas as situações que já vivi a minha fé continua inflamando o meu peito, as minhas lágrimas smepre fazem o mesmo percurso cada vez que eu comungo (pois eu sempre choro), parece que elas decidem lavar a minha alma naquele momento. A minha fé ressuscita sempre, porém nunca morreu, já dormiu por longo tempo, mas jamais me abandonou.

...Senhor!
"Senhor eu sie que não sou digna que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salva!"

"Senhor eu creio, mas aumentai a minha fé!"

- Feliz Páscoa!!
E que possamos ressuscitar nossa fé assim como o nosso Pai ressuscitou do mundo dos mortos para nos salvar.


P.S. Não importa a religião ou a maneira como você se relaciona com Deus, o importante é você crer que eles existe e assim acreditar em você mesma, pois somos a sua própria semelhança.... Ótima terça para ti!*

quinta-feira, 25 de março de 2010

Procura-se uma faxineira!

 Confusa!!

Joguem todas as cartas do baralho para o alto, em seguida surge uma ventania que as levam para vários lugares e você não sabe onde estão exatamente todas (me sinto assim, levada e desaparecida!). Siga uma trilha em busca de um lugar lindo, no entanto, você vê um belo sol a brilhar diante dos seus olhos e começa a caminhar de encontro a ele, esquecendo que havia uma trilha a ser seguida, e quando percebe já está perdida, como  voltar e para onde voltar? (me sinto assim, me encantei e perdi o rumo que havia trilhado!). Compre um cofre e nele guarde tudo aquilo que quer possuir para sempre, porém, cuidado para não esquecer o segredo (me sinto assim, esqueci o segredo e de tão bem guardado hoje está perdido!). Enumere todos os seus sonhos, anseios e vontades e coloque junto com o calendário da geladeira, todos os dias ao ir arrancar uma folha do calendário do dia que passou, olhe para as coisas que ainda faltam ser realizadas (Há dois meses não retiro a folha do calendário!).Crie um reta a sua frente e busque sempre seguí-la, entretanto, cuidado com as curvas (estava destraída e me choquei com o primeiro obstáculo que apareceu, meu corpo dói!).

Confusão...
Dúvidas...

Procura-se uma faxineira para colocar meus pensamentos em ordens. Quero alguém que organize a bagunça, coloque todas as peças em seu lugar, além de desempoeirar aqueles velhos desejos que ficaram esquecidos em baixo da última gaveta do armário chamado objetivo. Quero que todas as ideias voltem para seus devidos lugares e que só apareçam nos momentos adequados. Vou querer também, que concertem todos aqueles sonhos que com o tempo perderam a forma e hoje necessitam de alguns reparos, de alguns remendos. Lavem a alma. Sequem as lágrimas. Limpem os vidros dos olhos que hoje pouco veem. Reforcem os cordões que puxam a perciana que esconde meu sorriso, para que este possa ser visto mais vezes. Jogue fora as dúvidas, os medos e as angústias, são lixos, não os quero. Mande-os para reciclagem para que voltem como a certeza, a confiança e alegria, pois é disso que necessito nos meus pensamentos. E por fim, faxineira, que espero encontrá-la, peço que volte sempre, pois sei que sempre precisarei dos seus serviços. Pois nessa mente em que tudo surge há sempre uma poeira para ser retirada. 

...Quem sabe depois que a faxineira passar por aqui eu diga que as cartas do baralho estão todas nas mãos dos jogadores presentes em minha vida. Que o sol foi quem iluminou para que eu seguisse a trilha correta.Que o cofre eu arrombei tirei meus pertences e hoje guardo todos diante dos olhos daqueles que estão a minha volta, pois não querer possuir essas coisas para sempre, mas o tempo necessário. Que agora eu criei uma nova lista, nesta estaram as coisas que consegui e não somente as que eu ainda quero.

Calmaria...
Certeza...
Ah! Procura-se uma faxineira!

P.S. No fim do túnel há sempre uma luz, se você ainda não enxergou a luz é porque ainda não está no fim do túnel, ainda tem muito o que caminhar. Boa quinta para você! <3

quarta-feira, 24 de março de 2010

Alguém muito especial...


 Esse texto é para alguém muito especial...

Hoje acordei lembrando do teu sorriso, daquele seu olhar distraído que sempre me gerava a curiosidade sobre o que estavas a pensar. Lembrei do quanto era bom o aconchego do teu abraço, do calor do seu corpo me envolvendo em momentos de descontrações, do teu colo me acolhendo como há 20 anos atrás. Lembrei da sua risada quando eu fazia ou dizia qualquer besteira só para te arrancar aquele riso que soava tão bem aos meus ouvidos. Quando me chamava pelo meu nome ou por aqueles apelidos engraçados. Das vezes que me pertubava pedindo algo, ou desfazendo o que eu tinha feito. Ah!Como sinto saudades! Como pode ter ficado esse vazio aqui dentro depois que você se foi? Sinto como parte do meu coração tivesse parado de bater. Como alguém tivesse arrancado de mim um pedaço que me completava e hoje sou assim, incompleta com a sua ausência. É tão difícil me acostumar com a ideia que não te verei mais, de olhar o nosso quarto e não vê-la em sua cama, de não ouvir você contando aquelas histórias de quando ainda era criança (não sei como ainda se lembrava! rs), ou até mesmo de quando brigava comigo por está lendo no escuro, assistindo tv até tarde, ou porque saía a noite deixando-a preocupada. Agora eu entendo como um  amor pode ser eterno, pois o meu por ti é. Não importa a sua partida, pois o meu amor continua inabalado, não dimunui nada, ao contrário, sinto cada dia mais presente nesse pequeno coração de gigante. Parece que meu quebra-cabeça intitulado vida minha, perdeu um peça que o completava. Saudade dói! Saudade machuca! Saudade aperta o peito como fosse sufocá-lo! Mas eu espero que essa saudade permaneça a bater no meu peito, pois sempre que ele bate eu me lembro ainda mais de ti. "Mas você partiu sem mim. E sei que estás em algum jardim, entre as flores". Creio que os anjos da terra logo são chamados para morar no céu, e você decidiu trocar de morada...

Amo-te! Seja na terra ou no céu. Para sempre vou te amar.

Vozinha, como sinto falta de ti!! =/

P.S. N.E.Q.A.V.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Liga dos super amigos!*

Certo dia Renato Russo disse: "Não preciso de modelos, não preciso de heróis, eu tenho meus amigos". Mas, ao contrário dele, eu considero meus amigos meus heróis, pois sãs eles que diariamente surgem, não com suas capas voadoras vindo do céu, mas com os braços estendidos em minha direção. Não importa o lugar, o dia ou a hora, sempre surge um pessoalmente, no msn, orkut ou telefone, eles me fazem sentir como se eu (essa pequena pessoa), fosse a mais importante do mundo. Já dizia Vinícius de Moraes " a gente não faz amigos, reconhece-os", e como eu me encontrei em cada um dos meus amigos. Alguns tão idênticos a mim, outros totalmente diferentes, no entanto, a semelhança e a diferença é o que nos une cada dia mais. Tenho amigos que vieram através da fé e da escola e quando percebi eram anjo/irmã na minha vida. Tenho amigos que são família, pois fazem parte de mim no sangue e na alma. Tenho amigos que surgiram através da vizinhança. Tenho amigos que surgiram a partir das semelhanças (sejam elas fisícas, nos gostos ou nas besteiras, rs!). Tenho amigos que surgiram no meu dia-a-dia, e estes se tornaram meus confidentes fiéis. Tenho amigos que surgiram através do meu amor literário, pois esse amor me fez cursar a faculdade de letras e me fez lecionar ("Há pessoas que nos falam e nem as escutamos, há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam mas as pessoas que simplesmente aparecem em nossas vidas e nos marcam para sempre" Cecília Meireles). Tenho os trutas que moram longe, porém com residência fixa no meu coração. Tenho amigos os quais magoei bastante e tenho aqueles que me magoram, mas como eu digo sempre, o que abala nos fortalece, e quero sempre tê-los por perto, pois como cita Camilo Castelo Branco "a rosa da profunda amizade não se colhe sem ferir a mão em muitos espinhos da contradição. No abnegar é que está o vencer de muitas resistências invencíveis ao império da vontade", e para ter amigos temos que saber perdoar. Afinal, "o que é um amigo? Uma única alma habitando dois corpos", já indagava e repondia o mestre Aristóteles. Não preciso citar nomes dos meus verdadeiros amigos, pois eles ao lerem esse texto (pois são meus leitores fiéis e assíduos) saberão que eu estava falndo exatamente deles. "Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir. Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz" Carlos Drummond. Queria hoje, mais uma vez, declarar o meu amor por vocês meus amigos (as minhas Luluzinhas e os meus Bolinhas), pois não que eu já não tenha dito antes, mas é sempre bom repetir, eu amo vocês! Vocês me completam, me compreendem e me fazem mais feliz. A cada amanhecer tento memorizar ainda mais a face de cada um, a cada anoitecer, agradeço a Deus baixinho, por ter vocês ao meu lado e é na calada da noite que durmo tranquila, pois sei que vocês, meus anjos protetores da guarda, meus heróis verdadeiros e reais estarão prontos para me proteger de todos os males, dúvidas, confusões e deprês. Meu muro das lamentações, meu alicerce de vida, meus sorrisos diários, meus lenços precisos para prantos de lágrimas, minha verdade, meu lado racional, meu lado besteirol, meu lado criança, meu lado responsável, meu reflexo, minha cantora e compositora preferida, minha irmã/amiga, minhas rudes, meu sr. Lunga, meu administrador, meu baixinho invocado e musculoso, minhas irmãs de corações (pois todas as minhas amigas mãe adotou como filhas), obrigada por vocês existirem nessa comédia de vida privada que chamo de realidade minha, pois "eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos" (Vinicius de Moraes).

- Quando surgiu nossa amizade?? - Não sei, respondo. Só sei que cada dia ela cresce, floresce e dar bons frutos. Pois num mundo de super vilões eu sou sempre salva pelos meus super heróis, meus amigos!

P.S.  N.E.Q.E.A.V.

quarta-feira, 17 de março de 2010

O grande segredo...



 [...]
Hoje cheguei a uma conclusão perigosa (poderia dizer assim), pois percebi que esse meu blog está quase que uma agenda pessoal, aquela que eu costumava escrever desde os 12  até os 20 anos, e confesso que isso me assusta, pois se nas minhas antigas agendas quando leio fico meio atordoada com tudo que falei sobre o que eu sentia, pense bem você leitor, ao ler esses meus textos!? Agora escrevo cada palavra com medo de estar me entregando, revelando algo como os segredos que sei dos outros ou os que escondo de mim mesma. Segredo! Talvez seja essa a palavra chave para o texto de hoje. Quem nunca teve um atire a primeira pedra. Engraçado, não consegui enxergar nenhuma pedra voando hoje perto dos pássaros. Deve ser porque todos nós temos um segredo, alguns guardados a sete chaves e outros silenciados por medo de ser reprimido quando as pessoas souberem, e aqueles que (a)guardamos cuidadosamente esperando o momento e a pessoa certa para revelarmos.Dizem por aí que o grande segredo da vida é viver, isso me deu uma alegria ao saber, pois até que fim revelei um segredo, isso mesmo, eu vivo! Sempre fui uma menina curiosa, queria saber o que os meninos falavam quando estavam sós, queria saber o que " a gente grande" falava, queria saber tudo e de todos, minha mãe sempre me relembra que eu sou um perigo para as pessoas, pois em 10 minutos com elas eu descubro até a data de nascimento, e se a pessoa gostar de tagarelar igual a mim, coitado, o decifrarei de frente ao verso. Acho que foi por isso que me encantei por literatura, pois sempre quis decifrar nas minhas análises o que se passava na cabeça do narrador ao contar aquela história, e como os personangens se sentiam. Muitos mistérios tenho ainda a revelar, como por exemplo a minha cina por ter gente rude ao meu lado e mesmo assim amá-las, os conceitos secretos que as pessoas têm sobre minha pessoa e não revelam, os segredos dos corações daqueles que passei, passarão e passam na minha vida, o segredo do porque o céu é azul, mas sempre que estou de bom humor o consigo ver com traços rosas, o segredo dos BETA'S, como eu poderia esquecer do meu objeto de pesquisa por quem tenho que ter cuidado para não me viciar; e o segredo de como conseguir virar um ovo sem quebrar a gema, pois assim deixarei de comer ovos mexidos (se alguém souber um truque me ensinem, por favor!). E o segredo mais bem guardado ao mesmo tempo mais secreto de todos, como fala Marcel Pagnol ao dizer que "O segredo mais difícil de ser guardado por um homem é a opinião que tem de si mesmo", e eu insisto em querer desvendar o meu próprio segredo. Tenho uma lista de segredos, porém conto nos dedos das mãos as pessoas a quem eu confio alguns deles. Mas tem algo que é contra mim, e até te peço que não me conte segredos, pois meus olhos, esses danados espelhos da alma costumam me entregar, eles têm o hábito terrível de revelar tudo o que penso e sinto, talvez sejam eles aqueles tais caçadores que tanto fazem sucesso nas histórias, os caçadores de segredos! Posso contar um segredo?

... ♫ "Eu não vou te olhar nos olhos, tenho medo, eles podem revelar o meu segredo"♪...



P.S. Só você (s) tem a chave que revela o segredo deste cofre guardado no peito...

terça-feira, 16 de março de 2010

O gelo derrete e o sólido se transforma em água


 Inicio o meu texto de hoje dizendo que já o havia iniciado antes cinco vezes e nestas vezes o apaguei, pois sempre chegava a conclusão que não estava bom, que não estava falando de amor, assim como me pediram. Ah! E por mais cinco vezes já me passou a ideia de apagar esse também, mas eu tenho que criar coragem e enfim falar do amor, daquele amor específico. Vou escrever esse texto em forma de declaração, pois quero, caro leitor (a), que você leia-o e sinta como eu estivesse dizendo tudo isso a você, no entanto, sei que a pessoa que me pediu esse texto saberá que escrevi exclusivamente para ela, e que será essa pessoa a utilizar esse texto com outro alguém.

[...]
Chega! Acabou! Não dar mais! É, tentamos incansáveis vezes, mas cheguei ao meu limite, prometi não te amar mais e amar somente a mim mesma. Espere! Por favor, não vá agora! Apesar de querer somente me amar, mesmo assim continuo a te amar, pois você já faz parte de mim, você se impregnou a mim de maneira que não sei mais como tirar, logo porque se tirar, creio eu, morrerei, não saberia viver. Pois você é minha alma, aquela aonde guardo o meu melhor e aquela que acorda o meu pior.Meu coração insiti em me dizer que é só você que me completa, que é só você que me convem, mas tudo me levar a crer que ele está enganado, só não na parte de me fazer feliz, por que apesar de tudo você me faz feliz, nem que seja por instantes.Você não é o certo para mim ou eu não sou a certa para você, olhe para nós, em que nos transformamos? Em réus e juizes um do outro, você me julga e eu te condeno, ou vice e versa. Você me fere com suas palavras e eu te sangro com minhas atitudes. Quando será que esqueceremos esse jogo onde não há vencedor? (Respiro!) Entenda, esse mesmo roteiro de sempre, cansou. É nossa última chance, entre as milhares de brigas e finais que tomamos, pois esse é o fim do início, onde busco te entender, aliás nos entender. O que você tem a dizer? Nada!? Já posso eu digitar "e foram felizes para sempre" e fechar o livro? Que hipocresia essa nossa, pois sabemos que nunca saímos do "era um vez". Todos dizem para te esquecer (e ninguém me deu uma borracha para apagar você), mas sabe, existe algo aqui dentro (dentro mesmo) que insisti em continuar batendo por você. Eu poderia te dizer adeus (mas essa palavra se nega a você). Eu poderia apagar o seu numero da agenda (mas eu o sei decorado!). Eu poderia te bloquear no msn (mas depois desbloquearia só para ver se você viria a falar comigo). Eu poderia te excluir do meu orkut (mas criarei um fake só para inumeras vezes do meu dia olhar suas fotos e recados). Eu poderia arrancar todas as páginas das minhas agendas que falei de você, que falei de nós, mas isso não seria o suficiente, pois mesmo que eu arranque o seu lugar sempre estará presente, asssim como os das folhas arrancadas da agenda, e nem adianta tentar colocar folhas novas com novas histórias, pois o lugar das suas folhas estarão lá, guardadas exclusivamente para você, por você e esperando estar com você. "Não tem que ser assim, tanto desencontro, mágoa e dor, para que a gente tem que se arriscar", eu sei o que eu quero você também sabe, então o que nos falta? Amor? Compreensão? Não sei! Talvez seja preciso nos perder para quem sabe nos encontrar, ou nunca mais nos encontrarmos. A combinação perfeita que ingeri em meu organismo o remédio e o veneno composto por um só elemento, você. Só quero que saiba que "vou te amando, e me frustrando e sobrevivendo por um fio", mas tô aqui sem desisti, é a sua vez de me falar como pode existir um você e eu que forma um nós, que temos um estranho jeito de amar...(Por quanto tempo você vai continuar a esperar?? A qualquer horas dessa o gelo derrete e o sólido se transforma em água).
[...]

- Não sei se alcancei as expectativas de quem me pediu o texto, ou se eu realmente falei de amor, mas creio que sim, pois só o amor pode explicar tudo o que acontece na vida da gente, só ele pode explicar como podemos sofrer e ainda, mesmo assim, continuar a gostar.

P.S. Estarei sempre aqui para te ouvir e te aconselhar (se é que eu sei aconselhar alguém...)!

segunda-feira, 15 de março de 2010





















Ontem, 14 de março de 2010, foi o de da poesia, então, eu peço licença para, não como Camões ou Drummond, expressar através de versos os desvaneios de alguém pensador (a).


Queria eu...

Queria eu ser um fingidor.
Fingir tão bem a ponto de acreditar no amor,
Assim como Pessoa, recitar através da dor
E conseguir, portanto, a atenção do nobre leitor.

Queria eu também ser imortal,
Afim de provar que o amor é chama fatal.
Falar da fidelidade não como coisa banal,
Mas de um amor fiel, sincero e real.

Queria eu ter a magia das palavras de Camões.
Recitar amores, saudades e paixões,
Relembrando a chama que arde nos vulcões, 
Pois amor arde, queima e gera ilusões.

Queria eu ser um poeta ímpar,
Porém que vivi em busca de um par.
Falar de amor, falar na vida e amar
Porque para ser poeta a dor tem que enfrentar.

E já dizia Quintana ao poetizar,
"Eles passarão e eu passarinho"
Enquanto o tempo passa eu vou amar,
Assim eu encontro o verdadeiro caminho

Mas quem sou eu?
Talvez seja uma simples garota em meio a inércia,
Querendo ser poeta com eficácia,
Num  mundo daqueles que o amor doou e perdeu.


- Agradeço a existência de autores como Camões, Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes, Drummond e Quintana, pois fizeram das minhas leituras uma encantável paixão pela poesia. 

Enfim, 

"Se alguém te perguntar o que quisestes dizer com um poema, pergunta-lhe o que Deus quis dizer com esse mundo" (Mário Quintana)

[...]

sexta-feira, 12 de março de 2010

EU CONFIO EM VOCÊ!


 [...]

Hoje, dia 12 de março de 2010, é uma data que para alguns ficará marcado para sempre em suas vidas, pois receberam o resultado de uma luta travada durante toda uma vida escolar, aonde seu maior concorrente era si mesmo. Depois de alguns anos, consegui novamente sentir aquele frio na barriga que dar sempre que você fica anciosa para saber sobre algo, não fiz o vestibular, mas era como se eu tivesse feito, pois muitas pessoas que eu quero bem fizeram, e estavam rezando, sofrendo, esperando por uma simples imagem, a de ver o seu nome na lista dos aprovados. E quando o seu nome não estar, o que fazer? Boa pergunta. Passei três anos da minha vida tentando descobri isso, até que um dia encontrei a resposta, e sabe qual foi? A minha própria aprovação, você conseguir é a única resposta. Sei qual é a sensação dos dois lados dessa moeda, a de se sentir um vitorioso e a de se sentir um culpado (por não ter estudado e se esforçado mais), por isso nessas minhas páginas melancólicas (como eu sei que são e já me disseram) do meu blog, decidir abri um espaço para trocar ideias com você amigo leitor que nesse momento deve estar arrasado por não ter conseguido (dessa vez) realizar um sonho. Quero, primeiramente, que minhas palavras te sirvam como o aconchego de um abraço, pois é disso que precisas nesse momento, e de alguém que te diga "EU CONFIO EM VOCÊ!", mesmo que nesse instante você não acredite em si próprio, mas eu CONFIO EM VOCÊ. Divido com você umas sábias palavras que eu ouvir a exatamente 7 anos atrás, quando numa data como essa eu estava me debrulhando em lágrimas por mais um resultado negativo da minha tentativa de ingressar numA faculdade, um anjo disse com palavras, que mais pareciam música escrita eSpecialmente para me acalmar, que eu não havia conseguido porque "não era a minha hora, pois somente Deus sabia o momento adequado para eu conseguir, e esse momento não era aquele dia, aquele vestibular". Agora vá dizer isso para alguém que está se sentindo um zero a esquerda, tudo isso pouco servirá, mas por incrível que pareça, foram essas palavras que me acalmaram naquele instante e serviram como os primeiros tijolos a serem erguidos no alicerce que eu decidira construir, o da minha persitência, o do meu acreditar em mim. Utilizei esses tijolos e os juntei com estudos contínuos e assim consegui erguer um prédio mais firme, mais concreto, deixando assim de apostar na sorte do mamãe me disse, e na certeza que eu poderia me superar, que eu era capaz de conseguir. E fui! Você também pode ser, mas depende de uma única pessoa, você! O nosso maior concorrente são nós mesmos, e é difícil lutar contra eles, pois conhecemos todos os seus pontos fracos, e sempre utilizamos, sabe aquelas frases pessimistas que você se repete "você não vai conseguir", "você não vai estudar", "tal fulano conseguiu e você não", entre outras. Essas frase de nada adiantam, se você não confia em si mesmo quem vai confiar? Ah! Eu confio, pelo menos eu para confiar em você (rsrs). Portanto, assim encerro meu texto de hoje, te dizendo você vai conseguir, talvez seja melhor você encarar outra luta/vestibular para que assim fique mais maduro, pois a vida pós-vestibular é uma guerra sem fim e não mais uma simples luta. Boa sorte!

- Quando o mundo inteiro for contra você, eu mesmo assim estarei lá, no meio da multidão e levantarei meu braço e declamarei palavras a seu favor. Se eles te apredejarem, ficarei a sua frente e juntarei todas as pedras e te entregarei, e ainda irei te ajudar a construir o seu castelo. Se eles te difamarem, farei questão de decorar tudo que eles disserem ao teu respeito, para que no dia do seu discurso de glória você possa transformar cada insulto em agradecimentos para todos eles. Se eles te fizerem chorar, levarei meu simples, humilde e surrado lenço e te emprestarei mesmo que esteja todo molhado com as minhas lágrimas que acompanharão as suas. E se você não acreditar mais em si mesmo, vou te dizer quantas vezes forem necessárias EU CONFIO EM VOCÊ!                                                                                                                                                                                                                     [...]  

P.S. Especialmente para M.J.V.M                                                                                                                           

quinta-feira, 11 de março de 2010

Viver ultrapassa qualquer entendimento...

 
 
"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo" (Clarice Lispector)  
       
Adoto o método do não entender, pois tantas foram as horas da minha vida que gastei tentando entender aqueles e aquilos que não me deram retorno. Portanto, prefiro não entender o porque de ser quem sou. Prefiro não entender as  razões pelos quais as pessoas mudam de repente. Prefiro não entender porque no parlamento só tem pessoas corruptas e somos nós que as colocamos lá. Prefiro não entender porque você não quer ensinar se decidiu ser professor, ou porque não quer aprender se você se diz aluno. Prefiro não entender porque sabemos que estamos destruindo o mundo (já ouviu falar num tal aquecimento global? Pois é, parece que o negócio é sério!) e continuamos, mesmo conscientes que fazemos parte dele. Prefiro não entender o porque você grita injúrias contra o senhor, diz que não acredita nele, mas nos momentos de aflição recorre a ele esquecendo de todas as baboserias que falou anteriormente. Prefiro não entender como uma mãe deixa o filho em qualquer lugar da rua, pois não o quer mais. Prefiro não entender como um pai consegue gastar o pouco dinheiro que tem com seus vicios e hábitos, esquecendo da família e do lar (que diz) que tem. Prefiro não entender quando as pessoas substimam o poder da persistência e acham que prosseguir na luta é porque a pessoa não sabe admitir a derrota. Prefiro não entender  esse tal capitalismo que usurpa as nossas vidas, perfuram as nossas riquezas naturais e deixam os homens como seres que realmente são, bichos brutos. Prefiro não entender o porque a sociedade insisti em colocarmos em disputa entre nós - para quê vestibular se da escola deveríamos sair preparados para a faculdade? Para quê concurso se eu deveria sair da faculdade preparada para minha área de trabalho? - sempre querendo eleger o melhor (não sei o que é melhor!). Prefiro não entender os parâmetros de belezas impostos por... Ixii, não sei quem impôs! (prefiro continuar sem saber pois não me enquadro neles). Prefiro não entender como o Brasil perdeu a última copa do mundo. Prefiro não entender quem decidiu colocar os desenhos animados para serem transmitidos pela manhã, horário esse que as crianças estão na escola (e eu no trabalho, né?! Poxa!).  Prefiro não entender porque Jiva é pessimista (pois quando eu descobrir vou brigar direto com ela). Prefiro não entender porque Manuela não lança logo seus sucessos musicais e para de ser egoísta guardando seu dom só para si (ela vai me matar!). Prefiro não entender porque minhas irmãs e eu brigamos, nos arrependemos e nos declaramos amor eterno (insultos e amor). Prefiro não entender de quer provem o mal humor josianesco de ser. Prefiro não entender o porque acho que você gosta de mim e depois oscila o seu humor e muda o jeito de falar comigo, me fazendo crê que estou me iludindo. Prefiro não entender a mim mesma, pois talvez se eu entendesse desisitiria de mim, quem sabe fugiria ou me apaixonaria completamente. Quer um conselho? 
 
 "Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento." (Clarice Lispector)

quarta-feira, 10 de março de 2010

Sofrer: não queria saber conjugar esse verbo...

"Pessoas que mais amamos, são as que mais magoamos porque queremos que sejam perfeitas, e esquecemos que são apenas seres humanos." (Mário Quintana).       

Antes de escrever peço abenção a Mario Quintana, pois sábias palavras as ditas por ele.
[...]

Hoje acordei meio melancólica e decidi falar sobre sofrimento. Não entendo porque as pessoas as quais mais faço sofrer, são também as que mais amo. Jeito torto e estranho esse meu de amar. Por isso, antes de mais nada, me confesso culpada e com essas palavras peço perdão aos que amo, pois não queria magoá-los, tampouco vê-los sofrer. Perdoe-me se o meu verbo amar exigi um complemtento chamado sofrer... Não sei se busco perfeição nos que estão a minha volta ou se são eles que buscam tal perfeição em mim e por essa razão sofrem ao descobrirem quem realmente sou, é difícil você agradar a todos, bem como demonstrar realmente quem é, quando as pessoas insistem em estereotipar você com diversos adjetivos que nem sempre concordam com o seu jeito de ser e o contexto o qual você está insirido. Mas mesmo sem saber quem busca a perfeição se sou eu ou os demais, me declaro diante desse júri como culpada, confesso que bem sei o quanto minhas palavras tem lâminas afiadas a cada fala sincera proferida, sei o quanto o meu olhar é carregado por uma explosão de injúrias, difamações e egoísmo, também sei que as minhas ações nem sempre correspondem as expectativas criadas por tantos sobre a minha pessoa, não nego que as vezes utilizo meu sorriso falsamente, pois atrás dele há um ser que chora enquanto alegria demosntra, admito que em muitas das vezes finjo que não entendo o que muitos dizem para que assim eu sofra só e não em conjunto, afirmo que todas as minhas atitudes equivalem aos meus pensamentos e desejos, e que por mais errados (se é que existe uma definição para essa palavra) que eles pareçam, eu continuo a segui-los, mesmo sabendo que muitos irei decepcionar. Portanto, que seja setenciado a minha pena. Mas, antes disso, peço novamente a atenção do júri, para as últimas palavras de uma rosa murcha cuja as pétalas se desfazem a cada gota de sangue que derrama (fui atingida por minhas próprias palavras/lâminas ao confessar tudo isso), quero que saibam que apesar de tudo dito eu só amei a cada instante e continuo a amar, quero que as minhas vitímas saibam que as amo verdadeiramente e incondicionalmente, e que se as faço sofrer é porque não sei como é possível amar sem carregar junto comigo esse verbo que a mim forma uma locução. E se um dia alguém descobri como amar sem sofrer, não me ensinem, por favor! Pois se para amar terei que muchar a cada anoitecer e ver de mim jorrar gotas de sangue no amanhecer, quero continuar amando vocês, pois esse sofrimento é válido.

[...]

Família e amigos, esse texto é especialmente para vocês! 

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