terça-feira, 13 de abril de 2010

Quanto vale um sonho?


          Vivemos a nossa vida construindo um castelo de areia, na esperança que ele jamais vai desmoronar, no intuito de embelezar não somente os nossos olhos mas os de todos que estão em nossa volta, na certeza que seremos as princesas e princípes do castelo construído.
          A questão é que nunca contamos com o tempo, não lembramos que existe um fator chamado vento que quase sempre leva a areia consigo em um soco de velocidade, e no lugar do castelo construído nos restam apenas a lembrança deste e os restos do espaço que antes armazenava todos os nossos sonhos.
          Passamos um bom período da nossa existência construindo o castelo e depois armazenando os nossos sonhos nele, e quando o vento passa por nós aliviando o calor e trazendo consigo a destruição, pois nem tudo que é belo não traz más companhias, é que percebemos que a construção que armazenava os nosso sonhos que antes pensavámos ser sólida, era simplesmente uma ilusão, pois tudo que resta é a poeira que ainda leva a areia antes firme aos nossos olhos.
          Sabe, não moro no litoral, não tenho a presença da areia do mar ao lado de casa (a areia existente é ineficácia do sistema de saneamento e limpeza urbana), na realidade não faço parte de um conto de fadas (eles existem?), e aos sonhos prefiro os chamá-los de objetivos, pois quando os não conquisto a dor parecer ser menor quando penso que era um objetivo e não um sonho (mentira! tenho sonhos!). Não sou princesa, não quero um princípe e não construo castelos seja-os de areia ou concreto. Sou o avesso do inverso!
            Quanto vale um sonho? Não sei! Ou talvez eu saiba, um sonho vale o período de vida que cada um tem. Cada sonho realizado você contrói mais um a ser e ter, parece que somos insaciáveis, sempre estamos em busca de algo, sempre estamos a sonhar na esperança de um dia nos sentirmos completos. O problema é que esquecemos que não há completude.
             Devemos parar de sonhar? Jamais! É como pedir ao homem que deixe de se alimentar ou saciar a sua sede, o sonho é o alimento da alma, é a vitamina da esperança e o suprimento do futuro.

 - Se eu posso fazer um pedido, não me leve os sonhos! Pegue minha carteira, conte as moedas e leve consigo. Destrua os móveis. Me roube a vida, mas que deixe os sonhos, pois enquanto os sonhos vivem em mim, eu vivo pelos meus sonhos! O valor dos meus sonhos correspondem os minutos de vida calculados com a multiplicação da esperança que reina em mim.

Boa noite! <3

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