quarta-feira, 2 de junho de 2010

Caio Fernando Abreu

Meus recortes - by: Gerlania Medeiros


"Um amigo me chamou
para cuidar da dor dele.
Guardei a minha no bolso.
E fui". (Caio Fernando Abreu)






"Escrever – e você sabe disso – pode eliminar essa sensação de gratuidade no existir, de coisas o tempo todo fugindo e se transformando em passado. Eu acho então que se escrever te dá um sentido para estar viva (ou a ilusão de um sentido, que importa?), então vai e escreve e diz tudo e rasga o coração, as vísceras, expõe tudo, grita, esperneia – no papel.". (Caio Fernando Abreu)


"Hoje pensei sério: se me perguntassem o que mais desejo na vida, não saberia responder. Quero tudo. Mas esse “tudo” é tão grande, tão vago, que me sinto estonteado. É preciso ir limitando meu sonho, apagando as linhas supérfluas, corrigindo as arestas, até restar somente o centro, o âmago, a essência. Mas qual será esse centro, meu Deus, que não encontro?” (Caio Fernando Abreu in Limite Branco)

“Te desejo uma fé enorme. Em qualquer coisa, não importa o quê, como aquela fé que a gente teve um dia, me deseja também uma coisa bem bonita, uma coisa qualquer maravilhosa, que me faça acreditar em tudo de novo, que nos faça acreditar em tudo outra vez”. (Caio Fernando Abreu)

“Não sou mulher de arrependimentos, de olhar pra trás, essas coisas.

A gente tem que mirar no alvo e atirar, pronto, foi.
A flecha não volta.
Se acertamos ou erramos, não tem volta.
Foi assim que levei a vida sempre”. (Caio Fernando Abreu)

“Estive doente. Doente dos olhos, doente da boca, dos nervos até. Dos olhos que viram homens formosos, da boca que disse poemas em brasa, dos nervos manchados de fumo e café. Estive doente. Estou em repouso, não posso escrever. Eu quero um punhado de estrelas maduras. Eu quero a doçura do verbo viver.” (Caio Fernando Abreu)



P.S. Espero que quando os seus olhos se deitarem nesses textos, sua alma sinta o clamor de um "eu" que grita dentro de ti, apesar de estar adormecido. Que a beleza do sensível abrande o soluço do sofrimento, enxugue as lágrimas que percorrem as maças que quero rosadas e sorridentes. Talvez Caio Fernando Abreu fale por você aquilo que ele proclama por mim. Aproveitem! By: Gerlania Medeiros

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