segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Dedicado a minha Vozinha: Eterno Amor!


Já dissera uma vez o poeta que saudade é como fome, você tem que se alimentar da presença, para que se sinta saciado, dessa afirmação tirei a certeza que jamais na minha existência viverei um dia sem sentir saudade, pois não há mais a sua presença fisíca, não há mais colo, sorrisos, nem mesmo sua voz, não tenho como me alimentar do seu contato para comigo. Os dias passam como o percurso de um rio chamado de tempo, que parece não querer parar em lugar algum, mesmo assim, nesse percurso as águas do rio deixam marcas em cada pedra que ela bate, e nos faz lembrar que nem mesmo o tempo consegue fazer a memória esquecer e convencer o coração de um grande amor que se fora.Aliás, se era amor, não se fora, permaneceu, porque é justamente a eternidade que difere o amor de qualquer sentimento. E agora, chegada a data que me lembra uma das maiores dores que invadiu o meu peito (a sua partida), fico a me questionar, o quão é difícil dizer adeus a quem se ama, bem como o quão é impossível esquecer um amor como o meu por ti.O tempo não abrandou a dor de existir sem sua presença. A vida não conseguiu substituir você no meu dia a dia. Os momentos de alegrias não foram suficientes para que em algum deles eu pudesse não sentir a sua falta na ocasião. As lágrimas ainda não foram cessadas, elas insistem em percorrer o meu rosto quando lembro que não te tenho mais por perto. Deixei de ser princesa sem a sua presença para me lembrar e me chamar assim. Deixei de ser a bebê que apesar da idade ainda era posta no colo e adorada como criança. Deixei de ser eu mesma, quando descobri que é possível morrer uma parte do seu coração e assim mesmo ele permanecer batendo. Pois no momento em que tive que te dizer adeus e que seu coração parou de bater, parte do meu também parou, no entanto, não deixou de ser habitado pelo grande e verdadeiro amor, que é o que eu sinto por você. A sua ausência não pode ser contabilizada em anos, mas, em momentos que você não pode estar presente com a gente. O seu lugar ainda continua vazio, seja na mesa, no quarto, na sala da TV, em cada lugar que sabíamos que era exclusivo seu. E hoje, convenço-me mais ainda que não terei dificuldade alguma de cumprir o que fora prometido a ti: "Eu sempre te amarei seja na terra ou no céu". A senhora Vozinha foi e permanece sendo uma das razões em que eu me espelho todos os dias e digo para mim mesma, tenho motivos o suficiente para continuar respirando, tenho motivos bastantes para ser feliz diariamente. Saudades induzidas por um amor eterno. "Eu descobri, sem a gramática, que saudades não têm explicações"... 

Gerlania Medeiros

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Apaga-se as luzes e o que resta de você?


Meu niver: parabéns!

 
...Todos os anos comemoramos o nosso aniversário, a data que contabiliza o ano que você viveu, dia em que as pessoas decidem comemorar por você existir, a parabenizar-lhe pela coragem em está viva, e é o único dia que as pessoas resolvem te desejar (falso ou verdadeiro) coisas boas para você. Mas ninguém sabe que o aniversário é o momento do julgamento, é o dia escolhido para você se fazer ré e se questionar pelos atos cometidos, pelos delitos e leis infringidas. É ser ré, advogada, promotora e juíza da vida julgada. A causa do júri? Ter vivido. Ser humano é muito difícil, pois não temos manual de instrução, não temos legendas para nossa linguagem sempre mal interpretada pelos outros, temos uma tal de consciência e livre arbitrio que insistem em discordar em pontos, além do mais, somos obrigados a parecermos sempre felizes mesmo quando não estamos. Chorar é para os fracos, sorrir é para os vencedores. Fato irônico. A gente vive cem anos, mesmo assim achamos que não vivemos o suficiente, já eu penso ter vivido o bastante, não que eu tenha feito grandes coisas, não descobrir nada, não gritei a liberdade de um povo, não salvei vidas, não constitui uma família e muito menos sou rica. No entanto, mesmo o mundo colocando quesitos que eu não conseguir cumprir (até então) acho ter vivido o suficiente, pois se a vida é para ser feliz, eu já fui feliz. Se a vida é para chorar, sim já chorei. Se a vida é para conquistar, (me diz primeiro a quantidade necessária) sim eu já conquistei, pouco mais conquiestei. Se a vida é para se doar aos outros, sim eu ja me doei (tanto que não me devolveram "eu mesma de volta"). Pronto, vivi. Acabou? Parece que não. Sabe, não sei se alguém já obervou a ironia das velas no bolo do seu aniversário, você sempre é convidada a apagar entre os aplausos e a euforia dos parabéns, mas já parou para pensar que cada vez que você faz isso você tá querendo dizer "é sobrevivi", "é completei mais um ano", "é apaguei mais uma vela", mas chega uma dia que sua vida apaga, entende? Tem um dia que tudo se acaba e nos resta apenas o doce do chantilly e do chocolate deixado no paladar das pessoas que você mais amou. A luz apaga. A luz acende. Você acrescenta uma vela. O que quero de presente? - Nada material Quero apenas as pessoas que me completam do meu lado (mãe, pai, irmãs, sobrinho, família, amigos...), porque parecem que eles não entendem que longe de mim eu sou incompleta.

É mais um ano de vida e seu histórico qual é?

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terça-feira, 31 de maio de 2011

Quero asas de anjo...Ah! Quero ser anjo.

O despertador toca e pareço acordar em um tempo desconhecido, não reconheço mais essa colcha da cama, não reconheço o cheiro vindo do meu cabelo, e tampouco reconheço a pessoa que reflete aos meus olhos no espelho que estou em frente. Já se passaram meses, e eis que as palvras jorraram em meus pensamentos e gritaram (não pediram) para que eu hoje escrevesse.



[...]

Entre tantos defeitos que vigoram na minha vida, um me traz o sentimento louco, aquele que só consigo escrever quando o coração dói, quando a lágrima insisti em cair e quando há um grito preso na garganta. Tenho medo de escrever, pois, talvez, hoje eu esteja a sofrer. Já sentiu isso? Já se sentiu confusa a ponto de questionar tudo sobre a vida? Perdeu seu chão alguma vez? Sentiu falta da poeira concreta que guardamos nos espaço dos detalhes do seu tênis? Sem terra, sem chão, sem nada concreto, é assim que estou. Como andarei se as nuvens também não me permitem caminhar? Queria asas de anjo, não somente para perfurar as nunvens e riscar o céu com o meu voo, mas para sentir a paz que somente os anjos desfrutam distante da terra. Cheiro doce vindo do ambiente sagrado, abraço paterno daquele que é Pai de todos, e arco e flecha na mão para brincar com os corações alheios. Tenho aureolas. Tenho sonhos. Quero ser anjo. Solução do problema, ser anjo. No filme "Cidade dos Anjos" o personagem se tornou humano ao se jogar de um prédio, pensei se me tornaria anjo se fizesse esse mesmo percurso, mas como São Pedro é exigente na entrada do céu, optei por viver desse jeito, esperando acontecer. Talvez o termo nem seja esperar, deva ser acreditar, pois acredito que tudo se resolverá, que o chão voltará aos meus pés e que a paz dos anjos reinará nesse meu coração infantil. Não quero ter medo de viver, de errar, de arriscar, mas não consigo perder o medo de te magoar, aliás, magoá-los, pois eu sempre findo fazendo isso, magoando-os. Perdoe-me! Sinto muito por ser insensível. Sinto muito por não sentir. Queria ser anjo.
Vou dormir. Quanto o despertador demorará para me acordar novamente? Meu coração revela que não muito. A lágrima já aponta no olho esquerdo. Creio que amanhã já terei acordado. Boa noite! =D