quarta-feira, 10 de março de 2010

Sofrer: não queria saber conjugar esse verbo...

"Pessoas que mais amamos, são as que mais magoamos porque queremos que sejam perfeitas, e esquecemos que são apenas seres humanos." (Mário Quintana).       

Antes de escrever peço abenção a Mario Quintana, pois sábias palavras as ditas por ele.
[...]

Hoje acordei meio melancólica e decidi falar sobre sofrimento. Não entendo porque as pessoas as quais mais faço sofrer, são também as que mais amo. Jeito torto e estranho esse meu de amar. Por isso, antes de mais nada, me confesso culpada e com essas palavras peço perdão aos que amo, pois não queria magoá-los, tampouco vê-los sofrer. Perdoe-me se o meu verbo amar exigi um complemtento chamado sofrer... Não sei se busco perfeição nos que estão a minha volta ou se são eles que buscam tal perfeição em mim e por essa razão sofrem ao descobrirem quem realmente sou, é difícil você agradar a todos, bem como demonstrar realmente quem é, quando as pessoas insistem em estereotipar você com diversos adjetivos que nem sempre concordam com o seu jeito de ser e o contexto o qual você está insirido. Mas mesmo sem saber quem busca a perfeição se sou eu ou os demais, me declaro diante desse júri como culpada, confesso que bem sei o quanto minhas palavras tem lâminas afiadas a cada fala sincera proferida, sei o quanto o meu olhar é carregado por uma explosão de injúrias, difamações e egoísmo, também sei que as minhas ações nem sempre correspondem as expectativas criadas por tantos sobre a minha pessoa, não nego que as vezes utilizo meu sorriso falsamente, pois atrás dele há um ser que chora enquanto alegria demosntra, admito que em muitas das vezes finjo que não entendo o que muitos dizem para que assim eu sofra só e não em conjunto, afirmo que todas as minhas atitudes equivalem aos meus pensamentos e desejos, e que por mais errados (se é que existe uma definição para essa palavra) que eles pareçam, eu continuo a segui-los, mesmo sabendo que muitos irei decepcionar. Portanto, que seja setenciado a minha pena. Mas, antes disso, peço novamente a atenção do júri, para as últimas palavras de uma rosa murcha cuja as pétalas se desfazem a cada gota de sangue que derrama (fui atingida por minhas próprias palavras/lâminas ao confessar tudo isso), quero que saibam que apesar de tudo dito eu só amei a cada instante e continuo a amar, quero que as minhas vitímas saibam que as amo verdadeiramente e incondicionalmente, e que se as faço sofrer é porque não sei como é possível amar sem carregar junto comigo esse verbo que a mim forma uma locução. E se um dia alguém descobri como amar sem sofrer, não me ensinem, por favor! Pois se para amar terei que muchar a cada anoitecer e ver de mim jorrar gotas de sangue no amanhecer, quero continuar amando vocês, pois esse sofrimento é válido.

[...]

Família e amigos, esse texto é especialmente para vocês! 

=> NEQEAV




Nenhum comentário:

Postar um comentário